Cestinha americano elogia o Brasil: ‘O treinador avisou que seria assim’


Durante a preleção, o técnico dos Estados Unidos, Mike Krzyzewski, fez o alerta. Disse que o confronto com o Brasil seria como um jogo 7 de um playoff da NBA. A revelação foi feita por Kevin Durant após a vitótia apertada dos americanos nesta segunda-feira. E o craque do time não poupou elogios ao adversário que quase tirou deles a fama de bicho-papão nesta edição do Mundial.

- Jogar com o Brasil é como uma montanha-russa. Eles são muito disciplinados. Não faltou luta de nenhum dos lados, e nosso treinador avisou que seria assim - elogiou.

Tão impressionado quanto o cestinha estava Derrick Rose. Segundo o armador, a seleção proporcionou um desafio durante toda a partida. E apesar de ter passado um grande sufoco e ter visto a invencibilidade de seu time ameaçada, Mike Krzyzewski se disse satisfeito com o resultado.

- Nós dois estamos orgulhosos - disse, referindo-se a Rubén Magnano. - Nossos atletas jogaram com o coração. O Brasil é um time tão elogiado e que está com tão bom conceito que sabíamos que precisaríamos de muito mais energia para batê-lo. Durante o sorteio dos grupos, quando vimos que saiu o Brasil para o nosso, dissemos: "Esses caras podem ganhar da gente".

Os elogios seguiram depois quando foi perguntado sobre o fato de Andre Iguodala ter sido mantido em quadra mesmo sem ter conseguido marcar um ponto sequer.

- Barbosa (Leandrinho) é um dos melhores jogadores do mundo e Machado (Marcelinho) é um dos maiores chutadores. Iguodala é um dos melhores marcadores. Tiago Splitter também foi incrível e Huertas conduziu o time – afirmou Iguodala.

Brasil cai diante dos americanos, mas se agiganta com atuação guerreira

Se existem derrotas que valem mais que vitórias, o Brasil experimentou o sabor de uma delas nesta segunda-feira. Após duas atuações apagadas contra os fracos Irã e Tunísia, a seleção de Rubén Magnano se agigantou – e logo contra os Estados Unidos. Perdeu o jogo, mas ganhou moral. Vestindo verde e se agarrando à esperança o tempo todo, a equipe virou o primeiro tempo na frente, manteve o placar apertado até o fim e só viu a vitória escapar na última bola. No banco, o carrasco Rubén Magnano quase beliscou mais uma em cima dos craques da NBA. Desta vez não deu, 70 a 68. Mas foi, com sobras, a atuação que o Brasil perseguia para recuperar a confiança. Magnano, que já tinha batido os EUA em 2002 e 2004, no comando da Argentina, mostrou que conhece bem o caminho para incomodar a maior potência do basquete. Nesta segunda, bateu na trave. Marcelinho Huertas teve a chance de empatar a três segundos do fim, mas errou o primeiro lance livre. Desperdiçou o segundo de própósito e fez a bola chegar a Leandrinho, que, bem marcado, não conseguiu forçar a prorrogação.

Após o alívio de segunda-feira, a seleção ganha uma merecida folga na terça e só volta à quadra na quarta, para enfrentar a Eslovênia. Aí, sim, começa para valer a briga por posições no grupo B. A primeira fase termina na quinta, contra a Croácia. Nesta segunda, os eslovenos bateram os croatas por 91 a 84, e o Irã derrotou a Tunísia por 71 a 58. Quatro dos seis países vão às oitavas.

O cestinha brasileiro nesta segunda, em Istambul, foi Marquinhos, que começou como titular e terminou com 16 pontos. Quem também brilhou foi Tiago Splitter, com ótima atuação defensiva, além de 13 pontos e 10 rebotes. Leandrinho fez 14, seguido pelos oito de Marcelinho Huertas, que ainda deu cinco assistências e pegou quatro rebotes.

- Sabíamos que tínhamos uma grande equipe pela frente e jogamos de igual para igual. A gente não queria levar de sapatada. Agora eles sabem que tem perigo pela frente. Tenho certeza que estão surpresos sim. Ninguém gosta de perder, mas foi de um jeito bom - afirmou Leandrinho.

Os americanos devem a vitória a Kevin Durant, que comandou o ataque com 27 pontos, além de 10 rebotes. Chauncey Billups contribuiu com 15, enquanto Derrick Rose fez 11.

Equilíbrio desde o início

Durante o aquecimento, o armador Russel Westbrook dançava após cada bandeja. Kevin Durant era mais comedido que seu companheiro. Olhava Anderson Varejão fora da quadra e parecia imaginar que, sem o ala-pivô do Cleveland Cavaliers, encontraria do outro lado uma equipe fragilizada. Enganou-se. Um Brasil atento, preciso no ataque e na defesa e com postura de vencedor mostrou a sua cara. Fez o que nenhuma outra seleçao da chave conseguiu: virar o primeiro quarto na frente dos americanos (28 a 22).


Quem achava que já era o suficiente se surpreendeu com o segundo período. Assustados, os americanos não conseguiam pôr em prática os contra-ataques que até então tinham sido letais. A marcação brasileira fechava a porta e só Kevin Durant ousava tentar passar por ela. A jovem estrela carregava o time nas costas e ouvia a arquibancada pedir por defesa depois que a diferença chegou aos oito pontos (33 a 25).

Na metade do segundo quarto caiu para um, após um breve momento de desatenção que levou a erros bobos de passe. Nada que não pudesse ser recuperado por Marquinhos, com a mão certeira da linha de três. Que não pudesse ser resolvido por Splitter, gigante nos dois garrafões. Com a pontuação bem distribuída, os comandados de Magnano sobraram e conseguiram o que soava impossível: foram para o intervalo carregando uma vantagem de 46 a 43.

O estrago era tamanho que o técnico Mike Krzyzewski se levantou da cadeira, abandonou o temperamento zen e reclamou muito com sua equipe. O Brasil continuava ditando o ritmo e isso o incomodava. Durant e Derrick Rose trataram de acalmar o chefe. Foram eles que colocaram os Estados Unidos na frente: 52 a 50. Magnano pensava rápido, coçava a cabeça e chamava Alex para o jogo, já que Huertas estava pendurado com quatro faltas, mesma condição de Splitter. O time sentiu o golpe com a saída do armador. Em uma sequência sem sucesso de arremessos longos, deixou o adversário escapar (61 a 55). Por pouco tempo. Leandrinho tomou a iniciativa e diminuiu ao fim do terceiro período: 61 a 59.

Antes da volta para os últimos dez minutos, uma pane no placar colocava os americanos na posição confortável que vinham encontrando no torneio: 61 a 0 a seu favor. Era só um erro tecnológico. Ao fundo, a trilha sonora parecia ter sido escolhida a dedo para os brasileiros. Tocava "I got a feeling", do Black Eyed Peas, prevendo o sentimento de uma noite boa em Istambul. Durant começou a errar lances livres. Marquinhos acertava mais uma de três. Àquela altura, um torcedor solitário que gritava pelos EUA ganhava vaias como resposta.

Os americanos tinham mais um ataque e dois pontos de frente. Erraram. Restando sete segundos, com a Abdi Ipekci de pé, Huertas partiu para a cesta, sofreu falta e a bola caprichosamente bateu no aro e não caiu. A 3s, ela chorou de novo no primeiro lance livre. O armador, então, errou o segundo de propósito para aproveitar o rebote. A estratégia deu certo, mas Leandrinho, bem marcado, não conseguiu converter os pontos que dariam o empate. Fim de jogo. Os americanos aplaudiram e comemoraram como ainda não tinham feito na Turquia. No centro da quadra, os brasileiros se abraçaram, certos de que, apesar da derrota, o dever de recuperar a confiança estava cumprido.

BRASIL: Huertas (8 pontos), Leandrinho (14), Alex (5), Marquinhos (16) e Tiago Splitter (13). Entraram: Marcelinho Machado (7), Murilo (0), Guilherme Giovannoni (5) e JP Batista (0). Varejão (lesionado), Raulzinho e Nezinho não entraram.

EUA: Derrick Rose (11), Chauncey Billups (15), Andre Iguodala (3), Kevin Durant (27) e Lamar Odom (8). Entraram: Russell Westbrook (2), Rudy Gay (1), Eric Gordon (0), Kevin Love (3) e Tyson Chandler (0).

Mundial: confira os detalhes de todos os jogadores que defenderão o Brasil

Sob a voz de comando de Rubén Magnano, técnico campeão olímpico com a Argentina em Atenas-2004 e prata no Mundial de Indianápolis-2002, a seleção brasileira tenta recuperar sua autoestima e o passado de glórias. Os jogadores que atuam na NBA e na Europa atenderam ao chamado do renomado treinador e, a partir de 28 de agosto, unirão forças aos outros companheiros de elenco para tentar voltar do Mundial da Turquia com um bom resultado. A presença de Magnano e o comprometimento do grupo já fazem o time acreditar na possibilidade de pódio. A última vez que isso aconteceu foi em 1978, com o bronze nas Filipinas. O compromisso agora é ainda maior. Todos querem ser responsáveis pelo retorno do Brasil às Olimpíadas.






Marcus Vinícius de Sousa (Marquinhos)
Posição - Ala
Altura - 2,07m
Data de nascimento - 31/05/84
Naturalidade - Rio de Janeiro (RJ)
Equipe - Pinheiros
Onde começou - Monte Líbano
Clubes que defendeu - Corinthians, Bauru, Vasco da Gama, Premiata Montegranaro (ITA), São Carlos, New Orleans Hornets e Sutor Basket Montegranaro (ITA)


Tiago Splitter
Posição - Ala-pivô
Altura - 2,11m
Data de nascimento - 01/01/85
Naturalidade - Joinville (SC)
Equipe - San Antonio Spurs
Onde começou - Sociedade Recreativa Esportiva Ipiranga
Clubes que defendeu - Araba Gorago (ESP), Bilbao Basket (ESP), Tau Ceramica (ESP) e Caja Laboral (ESP)



Welington dos Santos (Nezinho)
Posição - Armador
Altura - 1,86m
Data de nascimento - 21/01/81
Naturalidade - Araraquara (SP)
Equipe - Brasília
Onde começou - Sesi (SP)
Clubes que defendeu - 22 de agosto, Limeira, Ribeirão Preto e Assis





Murilo Becker
Posição - Ala-pivô
Altura - 2,11m
Data de nascimento - 14/07/83
Naturalidade - Farroupilha (RS)
Equipe - São José dos Campos
Onde começou - Grêmio Náutico União
Clubes que defendeu - C.A. Ubirajá, Bauru, Corinthians/Mogi, Ribeirão Preto, Franca, PBK Academick EAD (BUL), Maccabi Tel Aviv (ISR) e Minas Tênis Clube



Raul Togni Neto (Raulzinho)
Posição - Armador
Altura - 1,84m
Data de nascimento - 19/05/92
Naturalidade - Belo Horizonte (MG)
Equipe - Minas Tênis Clube
Onde começou - CaldenseClube que defendeu - Bauru





Marcelo Machado (Marcelinho)
Posição - Ala-armador
Altura - 2,00m
Data de nascimento - 12/04/75
Naturalidade - Rio de Janeiro (RJ)
Equipe - Flamengo
Onde começou - Flamengo
Clubes que defendeu - Fluminense, Tijuca, Ginástico, Corinthians (RS), Botafogo, Rimini (ITA), Cantabria Lobos (ESP), Telemar, Uberlândia e Zalgiris Kauras (LIT)



Leandro Barbosa (Leandrinho)
Posição - Ala-armador
Altura - 1,92m
Data de nascimento - 28/11/82
Naturalidade - São Paulo (SP)
Equipe - Toronto Raptors
Onde começou - Continental
Clubes que defendeu - Palmeiras, Tietê, Monte Líbano, Espéria, Corinthians, Bauru ePhoenix Suns






Marcelo Huertas
Posição - Armador
Altura - 1,91m
Data de nascimento - 25/05/83
Naturalidade - São Paulo (SP)
Equipe - Caja Laboral (ESP)
Onde começou - Paulistano
Clubes que defendeu - Pinheiros, Club Breogan (ESP), Joventut de Badalona (ESP), Bilbao (ESP) e Bologna (ITA)




Guilherme Giovannoni
Posição - Ala
Altura - 2,04m
Data de nascimento - 02/06/80
Naturalidade - Piracicaba (SP)
Equipe - Brasília
Onde começou - Cristóvão Colombo
Clubes que defendeu - Rio Claro, Pinheiros, Fuenlabrada (ESP), Dijon (ESP), Ribeirão Preto, Rimini (ITA), Benetton Treviso (ITA), Lauretana Biella (ITA), BC Kiev (UCR), Bologna (ITA) e Virtus Bologna (ITA)



Anderson Varejão
Posição - Ala-pivô
Altura - 2,11m
Data de nascimento - 28/09/82
Naturalidade - Colatina (ES)
Equipe - Cleveland Cavaliers
Onde começou - Saldanha da GamaClubes que defendeu - Franca e Barcelona (ESP)






Alex Garcia
Posição - Ala-armador
Altura - 1,91m
Data de nascimento - 04/03/80
Naturalidade - Orlândia (SP)
Equipe - Brasília
Onde começou - Assis
Clubes que defendeu - Santa Rita do Passa Quatro, São José do Rio Preto, Ribeirão Preto, San Antonio Spurs, New Orleans Hornets e Macabbi Tel Aviv (ISR)

Flamengo homenageia Anderson Varejão com camisa personalizada


A diretoria do Flamengo decidiu prestar uma homenagem ao jogador de basquete Anderson Varejão, do Cleveland Cavaliers, que está no Rio de Janeiro com a seleção brasileira. E coube justamente ao capitão Marcelinho, capitão do Fla e seu companheiro na seleção, a missão de entregar uma camisa personalizada com o número 17, do atleta nos Cavs.
O encontro, no hotel em que a Seleção Brasileira está hospedada, foi rápido e bastante descontraído. Feliz com o presente, Anderson vestiu a camisa e brincou com o amigo e com o diretor de basquete do clube, Arnaldo Szpiro, de que trocaria Ohio pelo Rio de Janeiro desde que a proposta do Flamengo fosse igual ao do Cleveland.
Às gargalhadas, Arnaldo disse que ia pensar no assunto, enquanto Marcelinho fez questão de provocar o ala-pivô. "Acho que não tem vaga para você aqui não, estamos bem servindo de pivôs", ironizou Marcelinho.
Varejão, no entanto, praticamente ignorou a provocação de Marcelinho. "Caiu bem em mim. Imagina eu jogando como 4 e o Baby como 5? Ia ficar bom esse time, não iria não? Mas quem sabe um dia", riu Varejão, agradecendo o presente.
Atleta visitou o rival Fluminense na última semana - Recentemente Anderson Varejão confessou ser torcedor do Flamengo de uma maneira um tanto curiosa. Ele fez isso durante uma visita ao Centro de Treinamento do arquirrival Fluminense, na última semana.
Varejão havia sido homenageado pelo atacante Fred, capitão do time de futebol da equipe, que em certa ocasião marcou um gol e comemorou com uma peruca imitando os cabelos do ala-pivô dos Cavaliers, ao lado do goleiro reserva Ricardo Berna, amigo pessoal de Varejão.
Na última semana, o jogador de basquete retribuiu a homenagem e foi ao CT do Fluminense para conversar com os dois atletas, quando confirmou não ser torcedor do tricolor e sim do rubro-negro carioca, mas que agradecia a homenagem dos futebolistas do time das Laranjeiras.